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A tua air fryer já parece antiga: todos compram no Lidl em 2025 o modelo retro de 1973 por menos de 60€.

Homem cozinha batatas fritas numa fritadeira de ar numa cozinha moderna, com saco de compras ao fundo.

Os gadgets de cozinha envelhecem rapidamente, mas as tendências têm uma maneira curiosa de voltar.

Neste momento, a nostalgia está a ganhar discretamente.

Depois de anos com fritadeiras de ar pretas e brilhantes a dominar as bancadas, uma máquina muito diferente começa a roubar o protagonismo: uma fritadeira volumosa, de estilo retro, que parece saída de um catálogo dos anos 70, mas encaixa diretamente nos hábitos culinários de 2025.

Porque é que a fritadeira de ar clássica, de repente, parece um pouco ultrapassada

Durante algum tempo, as fritadeiras de ar pareciam o futuro numa caixa. Prometiam batatas crocantes, frango suculento e legumes assados, com 70 a 90 por cento menos gordura adicionada do que a fritura tradicional. As marcas continuaram a acrescentar funcionalidades: controlo por Wi‑Fi, aplicações de receitas, circulação de ar quente a 360 graus, ajuste automático de temperatura, cestos duplos, janelas em vidro, filtros de odores. A mensagem era simples: este único aparelho podia substituir o forno.

Essa corrida ao desempenho tecnológico criou um efeito secundário estranho. A maioria das fritadeiras de ar agora parece quase idêntica: grandes blocos pretos ou em inox, ecrãs táteis brilhantes, LEDs azuis. Ocupam bastante espaço e, em muitas cozinhas, já não têm aquele toque especial. Limitam-se a estar ali, a zumbir com programas pré-definidos que mal usamos.

Em 2025, o problema raramente é “consegue cozinhar?” mas sim “quero mesmo isto todos os dias no meu balcão?”

Ao mesmo tempo, o design doméstico mudou. As pessoas começaram a afastar-se de eletrodomésticos minimalistas e invisíveis e a preferir objetos com personalidade. Frigoríficos coloridos, chaleiras arredondadas, acabamentos cromados – o velho efeito SMEG tornou-se mainstream. As redes sociais aceleraram esta tendência: um eletrodoméstico de cozinha agora aparece tanto em histórias no Instagram como na mesa do jantar.

Outra mudança: muitos cozinheiros preferem agora um aparelho versátil em vez de vários gadgets de uso único. Uma fritadeira de ar standard que só frita e aquece tem mais dificuldades em competir com fornos compactos que podem cozer, assar, grelhar e desidratar. O resultado: aquela caixa preta de alta tecnologia, que parecia topo de gama em 2020, pode parecer bastante desatualizada em 2025.

O regresso da fritadeira de ar retro: porque é que 1973 está de volta à bancada

É aqui que entra a fritadeira de estilo retro. Inspira-se na estética dos anos 50 e 70 – linhas curvas, botões robustos, cores suaves – mantendo o método rápido de aquecimento por ar quente que tornou as fritadeiras de ar populares. Em vez de tentar ser invisível, assume-se como peça de decoração.

Vê-se arestas arredondadas em vez de cantos afiados, botões grandes e quase lúdicos em vez de controlos deslizantes escondidos, e uma paleta de cores que parece retirada de livros de receitas antigos: azul água, vermelho cereja, amarelo pastel, branco creme ou verde garrafa escuro. Tiras cromadas e acabamentos tipo esmalte reforçam o toque vintage.

Parece a fritadeira da tua avó, mas comporta-se como um multi-cozinheiro de 2025 com ventoinhas e termostatos precisos no interior.

Por trás desse invólucro retro, a tecnologia mantém-se moderna. Elementos de aquecimento combinam-se com ar quente forçado para dourar os alimentos de forma uniforme. A maioria dos modelos oferece temperaturas ajustáveis numa larga amplitude, além de temporizadores automáticos. Funcionalidades de segurança como pegas frias, proteção contra sobreaquecimento e desligamento automático tornam o uso diário simples e seguro.

A Lidl Silvercrest “Retro 1973” que está a dar que falar

O exemplo mais falado na Europa neste momento vem de um retalhista mais conhecido pelos preços baixos do que por criar ícones de design: a Lidl. Sob a marca Silvercrest, vende a “Friteuse à air chaud double Rétro 1973”, uma fritadeira de ar quente de 8,7 litros por 59,99 €.

Este modelo aposta descaradamente na nostalgia. O topo exibe um forte selo “1973”, como uma chapa de outra década. Está disponível em preto, vermelho ou branco creme, para sobressair ou combinar com as cores clássicas da cozinha. Na frente, substitui painéis de vidro futuristas por gavetas arredondadas e controlos simples de estilo antigo.

A Retro 1973 da Lidl abaixo dos 60 € oferece cestos duplos, capacidade familiar e aquele visual de “encontrado numa loja vintage” num só pacote.

O sistema de duas gavetas confere duas zonas de cozedura de 4,35 litros cada. Funções chamadas Sync-Finish e Sync-Cook permitem terminar dois alimentos diferentes ao mesmo tempo, ou replicar as mesmas definições nos dois cestos. Para lares com muita gente, isso significa que as batatas fritas e o frango cozinham em conjunto, sem que um esfrie enquanto o outro está pronto.

Nesta faixa de preço, não se espera controlo por aplicação ou integração avançada com casa inteligente. Em vez disso, ganha-se algo que cada vez mais gente valoriza: um aparelho que cumpre a sua função, vive na bancada sem parecer um armário de servidores e não fica obsoleto após um ano de lançamentos de smartphones.

O que avaliar antes de comprar uma fritadeira de ar retro em 2025

O visual retro chama a atenção, mas a escolha exige mais reflexão do que “esta cor combina com os meus azulejos”. Vários aspetos fazem realmente diferença na rotina diária.

Capacidade e estilo de confeção

  • Uso individual ou casal: um cesto compacto de 3 a 4 litros geralmente serve para snacks e jantares simples sem ocupar a bancada inteira.
  • Uso familiar: aposte entre 5 e 7 litros ou num modelo de dupla zona se costuma cozinhar pratos principais e acompanhamentos ao mesmo tempo.
  • Cozinhar em quantidade: modelos acima de 8 litros são indicados para preparar refeições semanais, assar frangos inteiros ou tabuleiros de legumes.

Os modelos de dupla zona, como a Retro 1973 da Lidl, agradam a quem gosta de versatilidade: pode assar legumes num lado e aquecer sobras no outro, ou manter sobremesas separadas dos pratos salgados. Cestos grandes únicos são mais simples e muitas vezes mais fáceis de limpar.

Controlos: botões vs painéis táteis

A maioria das fritadeiras retro aposta em controlos físicos, e isso não é apenas uma questão de estética. Botões grandes funcionam bem com dedos sujos, são visíveis à distância e raramente falham por avaria eletrónica. Ainda assim, algumas marcas combinam botões de estilo analógico com temporizadores digitais discretos para maior precisão.

Ao comparar modelos, repare em:

  • Intervalo de temperatura em graus, não só opções genéricas como “alto” ou “médio”.
  • Programas claramente identificados para alimentos comuns, caso prefira predefinições.
  • Nível de ruído da ventoinha, especialmente em espaços abertos.

Limpeza e manutenção

Qualquer fritadeira de ar, retro ou não, depende da frequência com que apetece limpá-la. Cestos com revestimento antiaderente e tabuleiros internos removíveis facilitam imenso. Peças laváveis na máquina poupam tempo, mas verifique se os ciclos de alta temperatura não danificam o revestimento a longo prazo.

Uma limpeza rápida após cada utilização afasta odores e preserva o acabamento retro brilhante que tantos gostam de exibir.

O essencial da manutenção mantém-se simples:

  • Lave o cesto e a gaveta com água quente e detergente suave após cada uso.
  • Passe um pano húmido no compartimento interior depois de arrefecer.
  • Use uma pasta ligeira de bicarbonato para gorduras difíceis, sem riscar a superfície.
  • Verifique regularmente as grelhas de ventilação e o cabo de alimentação para evitar bloqueios ou desgaste.

Como as fritadeiras de ar retro mudam a forma como cozinhamos

O design tem impacto real nos hábitos. Quando um eletrodoméstico é agradável e fica à vista, usa-se mais vezes. As fritadeiras retro beneficiam disso. Convidam à experimentação: grão-de-bico torrado, fatias de maçã com canela, tofu marinado, frutos secos, pequenas refeições de tabuleiro para uma pessoa.

Para estudantes ou inquilinos com pouco espaço, uma fritadeira retro grande pode quase funcionar como mini-forno e grelha. Aquece mais rápido que um forno tradicional, ótimo para noites de semana. Para pais, a simplicidade visual dos botões e ícones claros torna mais seguro pôr adolescentes a cozinhar.

FuncionalidadeFritadeira de ar standardFritadeira de estilo retro
Foco do designMinimalista, orientado para tecnologiaDecorativo, nostálgico
ControlosEcrãs táteis, menus digitaisBotões grandes, comandos simples
Presença na bancadaFrequentemente arrumadaNormalmente em exposição
Sensação de “novidade” em 2025Parece familiar, quase genéricaParece diferente, visualmente fresca

Porque é que modelos económicos como o da Lidl são importantes para a tendência

Existem eletrodomésticos de design topo-de-gama, mas geralmente acima dos 150 €. A Lidl Retro 1973 chega abaixo dos 60 €, o que torna esta estética acessível ao público geral. Isso muda tudo.

Consumidores que nunca arriscariam 200 € numa fritadeira statement podem apostar numa opção abaixo dos 60 €. Se gostarem, o aparelho permanece visível na cozinha, aparece em fotos e influencia amigos. As lojas de desconto acabam por amplificar tendências de design que antes viviam em marcas de nicho.

Há ainda o lado psicológico. Pagar menos por um aparelho chamativo tira a ansiedade de “desatualizar” a cozinha. Se a moda mudar, a perda é menor e, entretanto, o ganho no dia a dia é real.

Visual retro, preocupações de saúde modernas

Por trás da nostalgia, mantém-se a preocupação com a saúde que alimentou o boom das fritadeiras de ar. As pessoas continuam a querer texturas crocantes sem tachos cheios de óleo. Os modelos retro cumprem essa promessa. Usam o mesmo princípio de ar quente rápido e reduzem a gordura adicionada tal como as fritadeiras normais.

Além disso, um aparelho mais visível e agradável pode ajudar a mudar rotinas. Trocar produtos congelados panados por batatas caseiras temperadas ou legumes marinados torna-se fácil quando o pre-aquecimento demora minutos e a limpeza é rápida. A fritadeira não resolve dietas, mas tira obstáculos a melhores escolhas.

Para quem vigia a conta da luz, estes aparelhos normalmente consomem menos do que aquecer um forno grande para pequenas doses. Ao fim de meses de jantares rápidos, a poupança soma-se. Retro ou não, vale sempre ver a potência e o tempo de aquecimento para prever os custos.

O que poderá surgir após a vaga de 1973

O sucesso de modelos como o da Lidl sugere um futuro onde mais aparelhos de cozinha ganham “trajes de personalidade” sobre tecnologia comum. Imagine torradeiras que evocam hi-fi dos anos 90, fogareiros ao estilo de rádios dos anos 60 ou máquinas de café inspiradas em equipamentos analógicos de laboratório.

Para os consumidores, o risco está em comprar só pelo aspeto e acabar com elementos de aquecimento fracos, circulação de ar pobre ou materiais frágeis. A melhor estratégia junta emoção e números: verifique a capacidade em litros, a amplitude de temperatura, a garantia e a facilidade de substituição de peças antes de se deixar seduzir pela caixa cremosa dos anos 70. Quando tudo bate certo, o emblema retro deixa de ser só moda – torna-se o cavalo de batalha do dia a dia que, por acaso, parece ter vindo de 1973.

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