Em 2021 registaram-se 13 núcleos populacionais de lince-ibérico, dos quais 12 foram encontrados em Espanha – cinco núcleos em Andaluzia, três em Castilla-La Mancha, quatro na Extremadura – e mais um núcleo em Portugal. A população continua a crescer e estabilizou em mais de 1000 exemplares.
Estes são os resultados de um censo das populações de lince-ibérico, desenvolvido em 2021 em Espanha e em Portugal pelas Administrações de Conservação da Natureza, com a colaboração de organizações não governamentais que têm vindo a apoiar o trabalho de monitorização e conservação da espécie.
Em 2021 foram recenseados 1.365 exemplares em toda a Península Ibérica, distribuídos entre Espanha, com 1.156 indivíduos (84,7%), e Portugal com 209 indivíduos (15,3%). A Andaluzia (519 indivíduos; 38,0% do número total de linces), Castilla-La Mancha (473; 34,7%) e Extremadura (164; 12,0%) são as comunidades autónomas com uma presença estável da espécie.
O declínio das populações de lince-ibérico em liberdade foi uma constante desde os anos 50 até, pelo menos, 2004. A perseguição humana e a escassez de coelho-bravo foram as principais causas do declínio desta população, levando a espécie ao próprio limiar da extinção.
Desde o início do século XXI, foram lançadas diversas iniciativas de conservação, incluindo vários projetos LIFE desde 2002 e o desenvolvimento da reprodução em cativeiro no âmbito do programa de conservação ex situ. Graças a este grande esforço de conservação, a população de lince-ibérico tem continuado a crescer numericamente e em relação à sua área de presença nos últimos anos.